sexta-feira, 29 de maio de 2015

Onde vamos parar?

A violência tornou-se, nos últimos anos, parte do cotidiano da vida de quem mora nas grandes e pequenas cidades; na nossa Belém isso não é diferente. Todos os dias, sabemos pelos noticiários de casos de sequestro, sequestro-relâmpago, assalto, roubo, furto, abuso sexual e outros tantos tipos de crimes contra a pessoa. Praticamente todos nós conhecemos alguém na família, algum amigo ou conhecido que já sofreu algum tipo de violência.
Essas pessoas, vítimas de um evento ou de uma situação traumática, podem desenvolver um quadro que hoje denominamos "transtorno de estresse pós-traumático". A pessoa exposta a evento traumático que envolveu risco de vida ou de lesão física grave e que reagiu com intenso medo, pavor, estresse ou sensação de impotência diante do evento, passa a reviver este momento em sua mente de modo persistente.
Imagens, lembranças e pensamentos voltam à mente mesmo contra a vontade da pessoa. Muitas vezes um estímulo que relembre o acontecimento (por exemplo: um ruído) é suficiente para desencadear uma reação semelhante ao ocorrido, mesmo que a pessoa saiba que não está exposta a nenhum perigo real; passa a dormir mal, sonha com o evento traumático, acordando apavorada. Hoje vivemos em uma sociedade com medo, pois não sabemos se vamos voltar para casa.
Nessa semana, o caso dos estudantes Lucas da Silva Costa e Lucas Batulevicius Pereira Menezes mobilizou grandes revoltas em Belém. Amigos e familiares não aceitam tanta violência. Onde vamos parar?
 Há casos como o de um comerciante que chegou a investir cerca de R$ 18.000,00 em segurança, mesmo assim com o enorme investimento no sofisticado sistema de segurança, ele ainda foi vítima de assalto ao sair de casa. Estamos nos escondendo atrás das grades, onde quem deveria estar por trás destas são essas pessoas que tiram vidas de outras. Estamos vivendo, como afirmou Thomas Hobbes, a era do “homem lobo do homem”? De um lado, poucos tem a certeza do bem-estar, e a ampla maioria vivencia seu cotidiano em função do medo.
Os estudantes citados acima tiveram seus projetos de vida interrompidos justamente por lutarem contra essa violência e ainda foram vítimas desta.

Autora: Fabíola Corrêa

             Administradora

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